terça-feira, dezembro 20, 2011
Sou pessoa de dentro pra fora...
Sou pessoa de dentro pra fora. Minha beleza está na minha essência e no meu caráter. Acredito em sonhos, não em utopia. Mas quando sonho, sonho alto. Estou aqui é pra viver, cair, aprender, levantar e seguir em frente.
Sou isso hoje...
Amanhã, já me reinventei.
Reinvento-me sempre que a vida pede um pouco mais de mim.
Sou complexa, sou mistura, sou mulher com cara de menina... E vice-versa. Me perco, me procuro e me acho. E quando necessário, enlouqueço e deixo rolar...
Não me dôo pela metade, não sou tua meio amiga nem teu quase amor. Ou sou tudo ou sou nada. Não suporto meio termos. Sou boba, mas não sou burra. Ingênua, mas não santa. Sou pessoa de riso fácil...e choro também!
Tati Bernardi
sábado, novembro 19, 2011
Cada um acredita ser feliz à sua própria maneira
Dizem por aí que toda panela tem a sua tampa, toda meia laranja tem a sua metade e tantas outras metáforas simplesmente para convencer que para todo solitário existe uma solitária à sua procura, ou vice-versa. Alguém que seja extremamente compatível contigo, por mais estranho que você seja. Se você coleciona latas de cerveja ou não toma banho todos os dias ou gosta de assistir filmes húngaros sem legenda, saiba que há um alguém do sexo oposto que, se não estiver fazendo exatamente a mesma coisa, pelo menos ficaria impressionadíssimo em conhecer o louco que faça isso. Coisas de gosto. Vai entender.
A Joelma até poderia ser classificada como normal se não tivesse um gosto estranho na hora de escolher os namorados. Apesar de ser chamada de mulherão pelos pedreiros do bairro, ela curtia mesmo era um feio. Feio não, horrível. Terrível. Quanto pior, melhor. Ela se realizava em trocar de namorado sempre que encontrava alguém cuja feiúra lhe chamasse mais a atenção. E como feiura não tem limites, ela pulava de uma relação para outra assim como uma pipoca dentro de um saquinho no micro-ondas. As amigas torciam o nariz a cada monstrinho apresentado. Até tentaram empurrar homens aceitáveis, compatíveis com a beleza da amiga, mas estes não atraíam Joelma além de poucos monólogos. Quando a turma toda saía para se divertir, ela era quem não ficava sozinha por muito tempo. E quando desaparecia, todos sabiam que estava fazendo algum erro ambulante da evolução muito feliz. Na contabilidade do amor cego, vesgo e estrábico, Joelma já pegou caras com nariz maior que a cabeça, de orelhas de abano, vesgos, banguelas, carecas, gordos ao extremo, magros ao extremo, extremos ao extremo, os que tinham tudo isso junto e algum defeito a mais. Enfim, tudo que fosse o oposto ao senso comum de beleza, era visto à tiracolo grudado na Joelma.
Mas ela era feliz, sabe, daquele jeito de quem não encontra concorrentes para tomar os seus namorados. Nunca fora traída. Era paparicada acima do normal por todos a quem dava moral. Ganhava presentes e mais presentes. Ela não ligava que o namorado espantasse gatos, cachorros, bebês e alarmes de carro por onde passasse, que não pudesse aparecer na hora do jantar sob pena de estragar o apetite de todos. E ninguém entendia quando ela dizia se realizar sexualmente com um feio, como se fosse mais que um fetiche, mais que uma tara, uma fantasia, um tabu.
Eu conheci a Joelminha há três anos, quando tomava umas Schincariols com a galera do futebol em um barzinho. Lembro-me bem da data, 24 de fevereiro de 2008, pois foi o dia em que ela me pediu em casamento. Estamos juntos desde então. Até hoje não sei se fui eu quem a curou daquela obsessão ou o que houve. E não quero saber. E tenho raiva de quem sabe.
crônica - Jefferson Luiz Maleski
Fonte
A Joelma até poderia ser classificada como normal se não tivesse um gosto estranho na hora de escolher os namorados. Apesar de ser chamada de mulherão pelos pedreiros do bairro, ela curtia mesmo era um feio. Feio não, horrível. Terrível. Quanto pior, melhor. Ela se realizava em trocar de namorado sempre que encontrava alguém cuja feiúra lhe chamasse mais a atenção. E como feiura não tem limites, ela pulava de uma relação para outra assim como uma pipoca dentro de um saquinho no micro-ondas. As amigas torciam o nariz a cada monstrinho apresentado. Até tentaram empurrar homens aceitáveis, compatíveis com a beleza da amiga, mas estes não atraíam Joelma além de poucos monólogos. Quando a turma toda saía para se divertir, ela era quem não ficava sozinha por muito tempo. E quando desaparecia, todos sabiam que estava fazendo algum erro ambulante da evolução muito feliz. Na contabilidade do amor cego, vesgo e estrábico, Joelma já pegou caras com nariz maior que a cabeça, de orelhas de abano, vesgos, banguelas, carecas, gordos ao extremo, magros ao extremo, extremos ao extremo, os que tinham tudo isso junto e algum defeito a mais. Enfim, tudo que fosse o oposto ao senso comum de beleza, era visto à tiracolo grudado na Joelma.
Mas ela era feliz, sabe, daquele jeito de quem não encontra concorrentes para tomar os seus namorados. Nunca fora traída. Era paparicada acima do normal por todos a quem dava moral. Ganhava presentes e mais presentes. Ela não ligava que o namorado espantasse gatos, cachorros, bebês e alarmes de carro por onde passasse, que não pudesse aparecer na hora do jantar sob pena de estragar o apetite de todos. E ninguém entendia quando ela dizia se realizar sexualmente com um feio, como se fosse mais que um fetiche, mais que uma tara, uma fantasia, um tabu.
Eu conheci a Joelminha há três anos, quando tomava umas Schincariols com a galera do futebol em um barzinho. Lembro-me bem da data, 24 de fevereiro de 2008, pois foi o dia em que ela me pediu em casamento. Estamos juntos desde então. Até hoje não sei se fui eu quem a curou daquela obsessão ou o que houve. E não quero saber. E tenho raiva de quem sabe.
crônica - Jefferson Luiz Maleski
Fonte
domingo, agosto 07, 2011
Ah, quer saber o que eu penso? Você agüentaria conhecer minha verdade? Pois tome.
Prove. Sinta. Eu tenho preguiça de quem não comete erros. Tenho profundo sono de quem prefere o morno. Eu gosto do risco. Dos que arriscam. Tenho admiração nata por quem segue o coração. Eu acredito nas pessoas livres. Liberdade de ser. Coragem boa de se mostrar. Dar a cara a tapa! Ser louca, estranha, linda, chata! Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Tenho uma TPM horrivel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie. Me tire do sério. Me tire do tédio.Vire meu mundo do avesso!. Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir… Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar e ficar com cara de sapo. Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. Te pergunto: você agüentaria viver na montanha-russa que é meu coração? Me desculpe. Nada é pouco quando o mundo é meu.
Fernanda Mello
terça-feira, maio 17, 2011
Final de Semestre
Ilustracao: Cah Felix
As vezes penso:
Bendita hora que fui querer migrar do design para programação!
Amigos , leitores, alunos...
Estou um pouquinho afastada da internet devido estar me dedicando aosn estudos, final de semestre sempre o bicho pega nao é...
Logo logo estarei de volta com atualizacoes semanais viu :)
As vezes penso:
Bendita hora que fui querer migrar do design para programação!
Amigos , leitores, alunos...
Estou um pouquinho afastada da internet devido estar me dedicando aosn estudos, final de semestre sempre o bicho pega nao é...
Logo logo estarei de volta com atualizacoes semanais viu :)
sexta-feira, abril 15, 2011
quarta-feira, abril 13, 2011
Uma crítica ao ser que não pode ser
Estar em simetria introspectiva, voltada ao vazio imperativo da consciencia gritante, em meio a um terminal de pérolas desconcertantes, envolto em mágoas frias, em sombras vazias, ambientadas na dor de quem não tem o que mais ama.
Quero ser, mas não sou. Não ser, é o que sou. À que posso atribuir o sonho de quem não é? O que posso sonhar, já que, não sou? Exemplo do ser, ser do exemplo, ser exemplo do sentimento humano. Insensivelmente abandonado entre o não ser pluralizado de quem, singular, não é.
O que quero dizer não pode ser dito por que não é. O que quero ser é amante do eterno ser amado. O que eu quero dizer é: nós. O que quero ser é: você.
Mas você não é.
Lucas Emanoel
quarta-feira, março 23, 2011
Obrigada por insistir
Até o mais seguro dos homens e a mais confiante das mulheres já passaram por um momento de hesitação, por dúvidas enormes e dúvidas mirins, que talvez nem merecessem ser chamadas de dúvidas, de tão pequenas. Vacilos, seria melhor dizer. Devo ir a este jantar, mesmo sabendo que a dona da casa não me conhece bem? Será que tiro o dinheiro do banco e invisto nesta loucura? Devo mandar um e-mail pedindo desculpas pela minha negligência? Nesta hora, precisamos de um empurrãozinho. E é aos empurradores que dedico esta crônica, a todos aqueles que testemunham os titubeios alheios e dizem: vá em frente!
“Obrigada por insistir para que eu pintasse, que eu escrevesse, que eu atuasse, obrigada por perceber em mim um talento que minha autocrítica jamais permitiria que se desenvolvesse.” “Obrigada por insistir para que eu fosse visitar meu pai no hospital, eu não me perdoaria se não o tivesse visto e falado com ele uma última vez, eu não teria ido se continuasse sendo regida apenas pela minha teimosia e orgulho.”
“Obrigada por insistir para que eu conhecesse Veneza, do contrário eu ficaria para sempre fugindo de lugares turísticos e me considerando muito esperta, e com isso teria deixado de conhecer a cidade mais surreal e encantadora que meus olhos já viram.”
“Obrigada por insistir para que eu fizesse o exame, para que eu não fosse covarde diante das minhas fragilidades, só assim pude descobrir o que trago no corpo para tratá-lo a tempo. Não fosse por você, eu teria deixado este caroço crescer no meu pescoço e me engolir com medo e tudo.”
“Obrigada por insistir para eu voltar pra você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?”
“Obrigada por insistir para que eu deixasse você, para que eu fosse seguir minha vida, obrigada pela sua confiança de que seríamos melhores amigos do que amantes, eu estava presa a uma condição social que eu pensava que me favorecia, mas nada me favorece mais do que esta liberdade para a qual você, que me conhece melhor do que eu mesma, apresentou-me como saída.”
“Obrigada por insistir para que eu não fosse àquela festa, eu não teria agüentado ver os dois juntos, eu não teria aturado, eu não evitaria outro escândalo, obrigada por ficar segurando minha mão e ter trancado minha porta.”
“Obrigada por insistir para eu cortar o cabelo, obrigada por insistir para eu dançar com você, obrigada por insistir para eu voltar a estudar, obrigada por insistir para eu não tirar o bebê, obrigada por insistir para eu fazer aquele teste, obrigada por insistir para eu me tratar.”
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.
Martha Medeiros
“Obrigada por insistir para que eu pintasse, que eu escrevesse, que eu atuasse, obrigada por perceber em mim um talento que minha autocrítica jamais permitiria que se desenvolvesse.” “Obrigada por insistir para que eu fosse visitar meu pai no hospital, eu não me perdoaria se não o tivesse visto e falado com ele uma última vez, eu não teria ido se continuasse sendo regida apenas pela minha teimosia e orgulho.”
“Obrigada por insistir para que eu conhecesse Veneza, do contrário eu ficaria para sempre fugindo de lugares turísticos e me considerando muito esperta, e com isso teria deixado de conhecer a cidade mais surreal e encantadora que meus olhos já viram.”
“Obrigada por insistir para que eu fizesse o exame, para que eu não fosse covarde diante das minhas fragilidades, só assim pude descobrir o que trago no corpo para tratá-lo a tempo. Não fosse por você, eu teria deixado este caroço crescer no meu pescoço e me engolir com medo e tudo.”
“Obrigada por insistir para eu voltar pra você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?”
“Obrigada por insistir para que eu deixasse você, para que eu fosse seguir minha vida, obrigada pela sua confiança de que seríamos melhores amigos do que amantes, eu estava presa a uma condição social que eu pensava que me favorecia, mas nada me favorece mais do que esta liberdade para a qual você, que me conhece melhor do que eu mesma, apresentou-me como saída.”
“Obrigada por insistir para que eu não fosse àquela festa, eu não teria agüentado ver os dois juntos, eu não teria aturado, eu não evitaria outro escândalo, obrigada por ficar segurando minha mão e ter trancado minha porta.”
“Obrigada por insistir para eu cortar o cabelo, obrigada por insistir para eu dançar com você, obrigada por insistir para eu voltar a estudar, obrigada por insistir para eu não tirar o bebê, obrigada por insistir para eu fazer aquele teste, obrigada por insistir para eu me tratar.”
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo àqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo.
Martha Medeiros
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Cah Felix
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Obrigado por Insistir
domingo, março 06, 2011
Cisne Negro - O Cisne de Freud
Freud abriu territórios. Incentivou voos. O passado estimula fantasias, traz seus mitos e faz olhar o universo com variadas interpretações.
A história do filme é simples. Nina (Natalie Portman) é uma bailarina que ganha o papel principal na peça “O Lago dos Cisnes”. Na história, uma princesa que se transforma em um cisne branco e precisa do amor sincero de um príncipe para retornar à vida humana. O príncipe, porém, se enfeitiça pelo Cisne Negro, que apesar de dissimulado apresenta o poder da sedução. O Cisne Branco se suicida diante do fato. É a morte do amor idealizado.
O filme trata com genialidade a questão da loucura, do prazer e das paixões. Tudo ao mesmo tempo. A mensagem que o filme me passou foi de que a era das perfeições uma hora chega ao fim. Não adianta sermos perfeitos sem ter paixão por aquilo que se faz.
Entre coisas que destaco, a fotografia é uma delas, ela é densa, e abusa de maneira fantástica das sombras e da luz para dar efeitos chiaroscuros e de tensão. A Trilha sonora é suave que não nos faz esquecer nem por um momento que o ambiente é a dança, a musica, a arte o balé. Referencias e metáforas inteligentes num roteiro que mescla o obvio e o velado, da maneira que tem que ser. Afinal todos conhecem a historia, desde o começo e é obvio a comparação do conflito interno de nina com a história do lago dos cisnes por tanto o final tinha q ser sim obvio e previsível. No entanto não é no suspense que o filme se faz é sim na narrativa na forma que expressa com confusão cortes rápidos e por horas imperceptíveis, ou por vezes bruscos, com a câmera tremida e vista de ângulos alternativos, ou mesmo algumas vezes que os atores parecem olhar pra tela, tudo isso nos faz viver o terror e a luta interna de nina. Ela é uma errante que tem consciência q tem um lado ruim, que tem medo do q pode ser capaz de fazer se se deixar relaxar, se experimentar ser um de seus vários eus.
O Olhar dela é perfeito. A cada olhar dela você entra no seu mundo de perturbação e confusão.
Freud teria enlouquecido ao ver a forma que o diretor trabalhou com os reflexos, espelhos e ate mesmo ao final (quem já viu sabe) com a luta no espelho quebrado. É uma sutileza incrível e beirando a perfeição.
Impactante, inquietante e especialmente envolvente. Difícil esquecer um filme desses tão belo!
O filme incentiva mergulhos interiores, vôos sem fronteiras, travessias infinitas.
Quem tem essa sua sensibilidade não segura a emoção porque compreende a vastidão da alma humana.
Como diz Nina (Natalie Portman) nos últimos segundo do filme:
(...) foi perfeito (...)
A história do filme é simples. Nina (Natalie Portman) é uma bailarina que ganha o papel principal na peça “O Lago dos Cisnes”. Na história, uma princesa que se transforma em um cisne branco e precisa do amor sincero de um príncipe para retornar à vida humana. O príncipe, porém, se enfeitiça pelo Cisne Negro, que apesar de dissimulado apresenta o poder da sedução. O Cisne Branco se suicida diante do fato. É a morte do amor idealizado.
O filme trata com genialidade a questão da loucura, do prazer e das paixões. Tudo ao mesmo tempo. A mensagem que o filme me passou foi de que a era das perfeições uma hora chega ao fim. Não adianta sermos perfeitos sem ter paixão por aquilo que se faz.
Entre coisas que destaco, a fotografia é uma delas, ela é densa, e abusa de maneira fantástica das sombras e da luz para dar efeitos chiaroscuros e de tensão. A Trilha sonora é suave que não nos faz esquecer nem por um momento que o ambiente é a dança, a musica, a arte o balé. Referencias e metáforas inteligentes num roteiro que mescla o obvio e o velado, da maneira que tem que ser. Afinal todos conhecem a historia, desde o começo e é obvio a comparação do conflito interno de nina com a história do lago dos cisnes por tanto o final tinha q ser sim obvio e previsível. No entanto não é no suspense que o filme se faz é sim na narrativa na forma que expressa com confusão cortes rápidos e por horas imperceptíveis, ou por vezes bruscos, com a câmera tremida e vista de ângulos alternativos, ou mesmo algumas vezes que os atores parecem olhar pra tela, tudo isso nos faz viver o terror e a luta interna de nina. Ela é uma errante que tem consciência q tem um lado ruim, que tem medo do q pode ser capaz de fazer se se deixar relaxar, se experimentar ser um de seus vários eus.
O Olhar dela é perfeito. A cada olhar dela você entra no seu mundo de perturbação e confusão.
Freud teria enlouquecido ao ver a forma que o diretor trabalhou com os reflexos, espelhos e ate mesmo ao final (quem já viu sabe) com a luta no espelho quebrado. É uma sutileza incrível e beirando a perfeição.
Impactante, inquietante e especialmente envolvente. Difícil esquecer um filme desses tão belo!
O filme incentiva mergulhos interiores, vôos sem fronteiras, travessias infinitas.
Quem tem essa sua sensibilidade não segura a emoção porque compreende a vastidão da alma humana.
Como diz Nina (Natalie Portman) nos últimos segundo do filme:
(...) foi perfeito (...)
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Cah Felix
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quarta-feira, fevereiro 16, 2011
...mas dói demais ser intensa o tempo todo...
“Tenho muito medo que as pessoas sem profundidade conheçam a minha, e mais medo ainda de que a profundidade do mundo me cuspa. Sou uma sem-terra porque desprezo o superficial, mas dói demais ser intensa o tempo todo, e preciso fazer luzes, compras e sexo casual. Cheia dos meus preconceitos, da vontade que tenho de cagar em cima da cabeça de todo mundo que faz beiço para insinuar sexualidade, de todo mundo que se enfia num terno para insinuar vitória, de todo mundo que se enfia atrás de uma mesa para insinuar vida, de todo mundo que se enfia atrás de uma garrafa para insinuar alegria, de todo mundo que se enfia num bando para insinuar existência, de todo mundo que se esquece no Sol para insinuar luz. Até o topo, até o céu, atolada, tô por aqui comigo. Cansada do meu vício de organizar tudo o que sou e de não deixar espaço para o novo, para o que eu poderia ser, para o que eu nem sei que é. Queria agora que uma asa rasgasse as minhas costas porque, mais do que sentir a dor da liberdade, preciso não ter sexo, nem nome, nem tempo e nem casa. Preciso enxergar e sobrevoar o mundo sem ser eu, para que ser eu não seja este mundo tão pequeno e apavorado. Preciso ser qualquer coisa que eu não saiba.”
Tati Bernardi, em Saca Rolha
Tati Bernardi, em Saca Rolha
terça-feira, fevereiro 15, 2011
Momento Fofinho
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Cah Felix
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sexta-feira, fevereiro 11, 2011
Há em você alguma coisa de mim
Há em você alguma coisa de mim Alguma coisa que eu vejo e me acalma. Como se eu pudesse deitar de novo no lugar de onde vim, pois só você sabe que lugar é esse. Então você me entende...e eu não me entendo tanto quanto entendo de ti. Talvez isso seja amor. Talvez não. Seja lá o que for é incondicional.
Fernanda Young
Fernanda Young
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Cah Felix
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quarta-feira, fevereiro 02, 2011
terça-feira, fevereiro 01, 2011
Ainda morremos por um homem
Queimamos sutiãs, a Madonna desceu na boquinha da garrafa dentro da igreja, minha mãe me criou repetindo diariamente que nenhum homem presta, Simone de Beauvoir estava linda na foto da bunda com celulite, Carrie Bradshaw deu para Nova York inteira e Lilly Allen canta com fofura e maldade sobre o loser que não nos faz gozar.
Apesar de tudo isso, eu ainda saio derrotada do casamento das minhas amigas, enfio um monte de bem-casados na bolsa para depois comer, sozinha, na cama. Aquele monte de açúcar chamando formigas para minha solidão, minhas companheiras. Eu ainda fico mal pra cacete quando estou sem um namorado. Ou melhor: fico mal sem cacete. (HAHAHAHAHAHAH)
Que plataforma antiga é essa em nossos corações tão modernos? Precisar de homem é como ter um MS-DOS operando em nossos corações de iPad. Precisar de homem é como ter apêndice. Ultrapassado e ainda pode dar problemas. Mas continuamos nascendo com essa falha disfarçada de necessidade primordial. Morremos sem vocês. Não vemos graça no trabalho, não vemos graça nas festas, não vemos graça na vida. Vai ter sempre uma mentirosa "rivotrisada" falando que se depila "para si mesma". Mentira, mentira. Morremos sem vocês. Ficamos peludas, barrigudas e com olheiras sem vocês. Amamos vocês.
A reunião é para decidir algum projeto que vale milhões. Abaixo de nós, subalternos homens que ganham o que gastamos no cabeleireiro. E daí? Em algum lugar de nossas mentes e de nossos peitos angustiados e ansiosos, estamos ignorando todo aquele circo e pensando em vestidos brancos, marchas nupciais, alianças de ouro branco com um pouco de amarelo. Nós morremos sem vocês.
Continuamos precisando de homens. Assim como nossas bisavós. Ou até mais do que elas. Elas precisavam de um bom homem. Nós precisamos do homem. The one. Porque somos melhores que nossas bisas. Porque queimamos sutiãs e a Madonna dançou e a bunda da Simone e a ladainha toda do primeiro parágrafo.
A gente topa se você não tiver lido nenhum livro de Proust. A gente topa se você tiver um carrinho mil. A gente topa se você tirar uma semana ou mais para ter certeza de que banca esse romance. A gente topa que você não seja tudo isso. Porque, no fundo, a gente só quer ter alguém. Embaixo de nossos ternos, ao lado de nossas tatuagens, ou bem no meio de nossos decotes, temos um coração que morre sem vocês. Morremos sem vocês. Amamos vocês. Por favor, não se assustem, por favor. Não, não vamos teatralizar submissões, doçuras, silêncios e burrices. Mas saibam que torcemos bravamente para que vocês nos aceitem tão femininas e tão machas. Nos aceitem e casem com a gente. Somos apenas mocinhas fálicas ávidas por um carinho em nossas almas eretas.
Carrie se casou com Big, Lilly tenta engravidar, Simone chorava de ciúmes no banho, Madonna se enche de botox porque é mais fácil encoxar santo do que assumir rugas, minha mãe implora por netos e meu sutiã só quem queima é a Maria, de vez em quando, quando está distraída pensando no amor.
Apesar de tudo isso, eu ainda saio derrotada do casamento das minhas amigas, enfio um monte de bem-casados na bolsa para depois comer, sozinha, na cama. Aquele monte de açúcar chamando formigas para minha solidão, minhas companheiras. Eu ainda fico mal pra cacete quando estou sem um namorado. Ou melhor: fico mal sem cacete. (HAHAHAHAHAHAH)
Que plataforma antiga é essa em nossos corações tão modernos? Precisar de homem é como ter um MS-DOS operando em nossos corações de iPad. Precisar de homem é como ter apêndice. Ultrapassado e ainda pode dar problemas. Mas continuamos nascendo com essa falha disfarçada de necessidade primordial. Morremos sem vocês. Não vemos graça no trabalho, não vemos graça nas festas, não vemos graça na vida. Vai ter sempre uma mentirosa "rivotrisada" falando que se depila "para si mesma". Mentira, mentira. Morremos sem vocês. Ficamos peludas, barrigudas e com olheiras sem vocês. Amamos vocês.
A reunião é para decidir algum projeto que vale milhões. Abaixo de nós, subalternos homens que ganham o que gastamos no cabeleireiro. E daí? Em algum lugar de nossas mentes e de nossos peitos angustiados e ansiosos, estamos ignorando todo aquele circo e pensando em vestidos brancos, marchas nupciais, alianças de ouro branco com um pouco de amarelo. Nós morremos sem vocês.
Continuamos precisando de homens. Assim como nossas bisavós. Ou até mais do que elas. Elas precisavam de um bom homem. Nós precisamos do homem. The one. Porque somos melhores que nossas bisas. Porque queimamos sutiãs e a Madonna dançou e a bunda da Simone e a ladainha toda do primeiro parágrafo.
A gente topa se você não tiver lido nenhum livro de Proust. A gente topa se você tiver um carrinho mil. A gente topa se você tirar uma semana ou mais para ter certeza de que banca esse romance. A gente topa que você não seja tudo isso. Porque, no fundo, a gente só quer ter alguém. Embaixo de nossos ternos, ao lado de nossas tatuagens, ou bem no meio de nossos decotes, temos um coração que morre sem vocês. Morremos sem vocês. Amamos vocês. Por favor, não se assustem, por favor. Não, não vamos teatralizar submissões, doçuras, silêncios e burrices. Mas saibam que torcemos bravamente para que vocês nos aceitem tão femininas e tão machas. Nos aceitem e casem com a gente. Somos apenas mocinhas fálicas ávidas por um carinho em nossas almas eretas.
Carrie se casou com Big, Lilly tenta engravidar, Simone chorava de ciúmes no banho, Madonna se enche de botox porque é mais fácil encoxar santo do que assumir rugas, minha mãe implora por netos e meu sutiã só quem queima é a Maria, de vez em quando, quando está distraída pensando no amor.
Tati Bernardi
via @anatsasso
sábado, janeiro 29, 2011
Amor e Lucidez
Li este texto no blog Coisas do Mundo da minha amiga Katia Barros, foi escrito por um rapaz de 19 anos e é incrivel a tamanha lucidez deste rapaz!
A maioria dos casais estão naquele namoro onde já acabou a empolgação, sabem que não foram feitos um para o outro e ficam arrastando por comodismo até aparecer "coisa melhor". Mas como irá aparecer coisa melhor, se o espaço está ocupado? Apesar das juras de amor no Orkut, eles não têm paciência um com o outro. É um namoro que parece sugar a energia... Mas usam para fugir do tédio, para preencher outro tipo de vazio. Tornam-se pessoas com poucos amigos, com poucas experiências, sem vida própria. Quando o namoro acaba não tem amigos nem hobbies, não viveram experiências diferentes, não sentem bem sozinhos, é como se voltassem à estaca zero... O tal do "atraso de vida". Essa falta de propósito, de amizade, de se sentir bem consigo mesmo... Não é namoro que resolve, mas resolvendo isso é que se resolve o namoro. - A Fila "Voa” Tem pessoas que estão sempre alternando entre o estado de solteiro e comprometido... Encontra uma pessoa bacana, namora e larga... Conhece outra, namora e larga... Cada hora é um motivo besta diferente. São pessoas sem paciência, com medo de se entregar, de ficarem vulneráveis, de perderem o controle... E auto-sabotam a relação. Se apaixonam por uma imagem de parceiro ideal que nunca virá. Amor sem vulnerabilidade não existe. Namorado (a) ideal, não existe.
A maioria dos casais estão naquele namoro onde já acabou a empolgação, sabem que não foram feitos um para o outro e ficam arrastando por comodismo até aparecer "coisa melhor". Mas como irá aparecer coisa melhor, se o espaço está ocupado? Apesar das juras de amor no Orkut, eles não têm paciência um com o outro. É um namoro que parece sugar a energia... Mas usam para fugir do tédio, para preencher outro tipo de vazio. Tornam-se pessoas com poucos amigos, com poucas experiências, sem vida própria. Quando o namoro acaba não tem amigos nem hobbies, não viveram experiências diferentes, não sentem bem sozinhos, é como se voltassem à estaca zero... O tal do "atraso de vida". Essa falta de propósito, de amizade, de se sentir bem consigo mesmo... Não é namoro que resolve, mas resolvendo isso é que se resolve o namoro. - A Fila "Voa” Tem pessoas que estão sempre alternando entre o estado de solteiro e comprometido... Encontra uma pessoa bacana, namora e larga... Conhece outra, namora e larga... Cada hora é um motivo besta diferente. São pessoas sem paciência, com medo de se entregar, de ficarem vulneráveis, de perderem o controle... E auto-sabotam a relação. Se apaixonam por uma imagem de parceiro ideal que nunca virá. Amor sem vulnerabilidade não existe. Namorado (a) ideal, não existe.
sexta-feira, janeiro 28, 2011
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quinta-feira, janeiro 27, 2011
Dizem que no nosso coração...
Dizem que no nosso coração, tem apenas sangue e que esse negocio de dizer que no coração tem sentimentos e mentira. Pois bem agora eu te pergunto, por que sempre que estamos tristes, sentimos uma dor imensa no nosso coração? Ou por que sempre que choramos por algo, a gente coloca a mão no coração e desabamos de tanto chorar?
“Como dizia Marilyn Monroe: Eu acredito que tudo acontece por um motivo. As pessoas mudam para que você consiga deixá-las para lá. As coisas dão mal para você aprender a aprecia-las quando estão boas. E às vezes, coisas boas se separam para que coisas melhores ainda se juntem”
Learning loving somebody don’t make them love you.
“Como dizia Marilyn Monroe: Eu acredito que tudo acontece por um motivo. As pessoas mudam para que você consiga deixá-las para lá. As coisas dão mal para você aprender a aprecia-las quando estão boas. E às vezes, coisas boas se separam para que coisas melhores ainda se juntem”
Learning loving somebody don’t make them love you.
domingo, janeiro 09, 2011
"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê! "
Florbela Espanca, Cartas a Guido Battelli
Florbela Espanca, Cartas a Guido Battelli
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